quinta-feira, 15 de março de 2012

HARVARD QUER ESTUDANTES BRASILEIROS


Divulgado na noite de quarta-feira, o ranking Times Higher Education (THE) sobre a reputação das instituições de ensino colocou Harvard mais uma vez no topo do ensino mundial. Estudar na universidade americana é um sonho para jovens de todo o mundo que pode se tornar mais próximo dos brasileiros. Em entrevista ao Terra, o diretor de admissão de Harvard disse que a universidade quer atrair cada vez mais talentos do Brasil. "Os brasileiros estão muito interessados em estudar fora do País e nós esperamos que o número de alunos em Harvard cresça a cada ano", afirma James Pautz.
Atualmente, apenas cinco brasileiros fazem cursos de graduação em Harvard, sendo que um deles já estudava fora do País quando ingressou na instituição. "Três brasileiros estão no primeiro ano de estudos, o que demonstra um aumento em relação aos anos anteriores", afirma. Para ele, o desempenho da universidade em rankings internacionais aumenta a visibilidade ao redor do mundo e ajuda a atrair novos talentos. "Estamos divulgando o nosso programa de assistência financeira para que os estudantes saibam que Harvard está aberta para todos, independente das condições financeiras", afirma.
Deborah Alves faz parte do pequeno grupo de brasileiros que conseguiu uma bolsa para estudar em Harvard. Ela ingressou na universidade americana em agosto do ano passado após passar por um rigoroso processo de seleção. "A seleção para Harvard é bem complexa. Eles tentam avaliar várias características do candidato, não só a parte acadêmica, como as atividades extracurriculares e a própria história de vida. Então o candidato precisa enviar diversas redações respondendo a algumas perguntas, como falar sobre alguém que te influenciou, a atividade extracurricular mais significativa, alguma experiência acadêmica importante", afirma a jovem, que concluiu o ensino médio em uma escola particular de São Paulo e coleciona medalhas de campeã em olimpíadas de matemática no Brasil e em outros países.
"As olimpíadas de matemática com certeza foram um diferencial pra mim porque foi uma atividade para a qual eu me dediquei bastante e consegui me destacar dos demais candidatos", afirma Deborah. O diretor da universidade concorda que as atividades extracurriculares contam muitos pontos na seleção. "A admissão não é baseada em uma única prova, como o vestibular. Os candidatos fazem alguns testes padrão, mas eles são avaliados em conjunto com outros critérios, como o currículo acadêmico, a atividade extraclasse e a análise de seus interesses para o futuro", explica Pautz.
Um comitê formado por pelo menos 40 especialistas analisa o desempenho dos candidatos, que só são selecionados quando tiverem a opinião favorável da maioria do grupo. Depois dessa etapa é definido o valor das bolsas, calculadas de acordo com a renda familiar. Segundo Pautz, as condições financeiras não interferem na escolha dos estudantes. "Cem por cento das ajuda financeira é dada com base na necessidade da família. Harvard não oferece bolsas a partir de um destaque acadêmico, atlético ou artístico, nem com base no País de origem. Todos os alunos, independente da origem, se são americanos ou não, são candidatos ao mesmo auxílio financeiro".
O diretor de admissão explica que famílias com renda bruta anual de até US$ 65 mil recebem bolsas integrais. A partir desse valor, as bolsas passam a ser parciais. A brasileira que foi para Harvard no ano passado mora em um dormitório dentro da universidade, recebe uma bolsa para custear os estudos e afirma que gasta basicamente com despesas pessoais. "Está tudo dentro da bolsa, moradia, alimentação e seguro médico".
Fonte: Terra

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