quarta-feira, 28 de março de 2012

ESTUDO DIZ QUE 75% DOS BRASILEIROS NUNCA ENTRARAM EM UMA BIBLIOTECA


O desempregado gaúcho Rodrigo Soares tem 31 anos e nunca foi a uma biblioteca. Na tarde desta terça-feira, ele lia uma revista na porta da Biblioteca São Paulo, zona norte da cidade. "A correria acaba nos forçando a esquecer essas coisas." E Soares não está sozinho. Cerca de 75% da população brasileira jamais pisou numa biblioteca - apesar de quase o mesmo porcentual (71%) afirmar saber da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e ter fácil acesso a ela.
Vão à biblioteca frequentemente apenas 8% dos brasileiros, enquanto 17% o fazem de vez em quando. Além disso, o uso frequente desse espaço caiu de 11% para 7% entre 2007 e 2011. A maioria (55%) dos frequentadores é do sexo masculino.
Os dados fazem parte da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (IPL), o mais completo estudo sobre comportamento leitor. O Estado teve acesso com exclusividade a parte do levantamento, cuja íntegra será divulgada nesta quarta-feira em Brasília.
Para a presidente do IPL, Karine Pansa, os dados colhidos pelo Ibope Inteligência mostram que o desafio, em geral, não é mais possibilitar o acesso ao equipamento, mas fazer com que as pessoas o utilizem. "O maior desafio é transformar as bibliotecas em locais agradáveis, onde as pessoas gostam de estar, com prazer. Não só para estudar."
A preocupação de Karine faz todo sentido quando se joga uma luz sobre os dados. Ao serem questionados sobre o que a biblioteca representa, 71% dos participantes responderam que o local é "para estudar". Em segundo lugar aparece "um lugar para pesquisa", seguido de "lugar para estudantes". Só 16% disseram que a biblioteca existe "para emprestar livros de literatura". "Um lugar para lazer" aparece com 12% de respostas.
Perfil. A maioria das pessoas que frequentam uma biblioteca está na vida escolar - 64% dos entrevistados usam bibliotecas de escolas ou faculdades. Dados sobre a faixa etária (mais informações nesta página) mostram que, em geral, as pessoas as utilizam nessa fase e vão abandonando esse costume ao longo da vida.
A gestora ambiental Andrea Marin, de 39 anos, gosta de livros e lê com frequência. Mas não vai a uma biblioteca desde que saiu dos bancos escolares. "A imagem que tenho é de que se trata de um lugar de pesquisa. E para pesquisar eu sempre recorro à internet", disse Andrea.
Enquanto folheava uma obra na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, na Pompeia, zona oeste, diz que prefere as livrarias. Interessada em moda, ela procurava livros que pudessem ajudá-la com o assunto. "Nem pensei em procurar uma biblioteca. Nas livrarias há muita coisa, café, facilidades. E a biblioteca, onde ela está?", questiona. Dez minutos depois, passa no caixa e paga R$ 150 por dois livros.
O estudante universitário Eduardo Vieira, de 23 anos, também não se lembra da última vez que foi a uma biblioteca. "Moro em Diadema e lá tem muita biblioteca. A livraria acaba mais atualizada", diz ele, que revela ler só obras cristãs. "Acho que nem tem esse tipo de livro nas bibliotecas." 
Fonte: Estadão

A GREVE AGORA SÃO DOS BOLSISTAS DE MESTRADO E DOUTORADO


Alunos de pós-graduação planejam paralisar as atividades acadêmicas e de pesquisa nesta quinta-feira, 29, para reivindicar o reajuste imediato do valor das bolsas de mestrado e doutorado, congelado há quatro anos.
Os estudantes pedem aumento de 40%. Hoje um mestrando ganha R$ 1,2 mil e um doutorando R$ 1,8 mil mensais das agências de fomento à pesquisa do governo federal (Capes e CNPq).
Foi a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) que convocou a greve. Segundo a entidade, o pedido de reajuste leva em conta a previsão de investimentos do Plano Nacional de Ciência e Tecnologia e a inflação acumulada do período, de cerca de 20%.
"Estamos há dois anos negociando com o governo e apresentando nossa manifestação, mas os Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia são irredutíveis", diz a presidente da ANPG, Elisangela Lizardo, de 32 anos. Ela faz doutorado em Educação na PUC-SP.
Elisangela critica o corte de 23% no orçamento do MCT para este ano. "Isso vai na contramão do desenvolvimento do País. O governo deveria responder à crise econômica com mais investimentos, em especial em ciência e tecnologia."
Na quinta-feira, os pós-graduandos planejam fazer aulas públicas e panfletagens nas universidades. Também está previsto um "twittaço" para chamar a atenção da sociedade. Um abaixo-assinado que roda desde o ano passado já recebeu mais de 50 mil assinaturas a favor da causa dos estudantes.
'Contradição'
Elisangela vê contradição entre a "política interna de valorização dos pesquisadores" e o programa do governo federal Ciência sem Fronteiras, cuja meta é conceder 100 mil bolsas de estudo no exterior até 2014.
"O Ciência sem Fronteiras é importante para o País porque promove a integração entre instituições científicas. Por outro lado, o pesquisador, aqui no Brasil, não é valorizado. O valor das bolsas é baixo e o acompanhamento do dia a dia do estudante é deficitário", afirma a presidente da ANPG.
Fonte: Estadão

BANDA LARGA EM TODO O PAÍS


O Brasil prepara o lançamento de um satélite geoestacionário de comunicação para proporcionar banda larga a todos os municípios do país, anunciou nesta quarta-feira em Nova Délhi o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp,que participa da comitiva da presidente Dilma Rousseff, no país asiático para o encontro do Brics, que acontece nesta semana.
O país busca na Índia uma cooperação técnica para o satélite, cuja construção e lançamento, sob responsabilidade da Telebras e da Embraer, tem um custo avaliado de R$ 750 milhões. Apenas o lançamento custará US$ 80 milhões, cerca de US$ 150 milhões.
"Vamos fazer um concurso internacional que abre a possibilidade a uma cooperação tecnológica importante", disse o ministro. O satélite de comunicação dará opção a todos os municípios brasileiros a acessar a banda larga para os serviços de internet e telefonia móvel 3G.
Brasil, Índia e África do Sul - três integrantes do grupo dos emergentes Brics, ao lado de China e Rússia - também discutirão nos próximos dias o lançamento de outro satélite para a observação do clima no Atlântico Sul, o que permitirá fazer as medições necessárias para "entender as anomalias com o campo magnético terrestre que deixam passar as radiações ultravioletas".
Com a China, país com o qual mantém uma intensa cooperação desde os anos 80 - com o lançamento conjunto de três satélites -, o Brasil prevê o lançamento de um satélite este ano e outro em 2014, informou o ministro, que considera "estratégica" a cooperação Sul-Sul.
Durante a visita bilateral à Índia na sexta-feira, Raupp assinará com as autoridades indianas um acordo para o programa "Ciências Sem Fronteiras", que permitirá o treinamento no exterior de estudantes e especialistas brasileiros nas áreas das ciências naturais e engenharia.
Fonte: Agência Notícias 

PÍLULA REDUZ SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS EM LÍQUIDOS


Uma equipe de cientistas está desenvolvendo uma pílula que pode absorver e reduzir a concentração de substâncias radioativas de líquidos como leite, água e sucos, informou nesta terça-feira a Sociedade Americana de Química.
A cápsula apresentada em reunião do organismo poderá ser utilizada em grande escala por empresas alimentícias e consumidores comuns para evitar as dúvidas sobre a contaminação radioativa de alimentos.
Os criadores citaram as preocupações atuais sobre o terrorismo com material radioativo ou após o acidente nuclear de Fukushima Daiichi, que contaminou alimentos em áreas próximas à usina afetada pelo terremoto e posterior tsunami do dia 11 de março de 2011 no Japão.
"Desenvolvemos (a pílula) para a descontaminação radioativa de água e bebidas de um composto que em sua origem se desenvolve para a exploração dos oceanos na busca por urânio e para retirar metais pesados e urânio de água contaminada", declarou Allen Apblett, professor da Universidade de Oklahoma.
A pílula está composta por nanopartículas de óxidos metálicos, que reagem com certos materiais radioativos e os absorvem, de modo que uma vez retirada a cápsula se reduz a concentração de substâncias perigosas.
A cápsula pode atrair os actinídeos da tabela periódica, que são radioativos, entre eles plutônio e urânio, além de outras partículas como chumbo, arsênico e estrôncio, relacionados normalmente com íons radioativos derivados da fissão nuclear.
Os pesquisadores asseguram que nos testes preliminares em laboratório a nova tecnologia permitiu reduzir a concentração de materiais radioativos a níveis não detectáveis, mas não detalharam se a pílula funciona com altas concentrações.
Os responsáveis pela invenção estão tentando avançar na comercialização da pílula, que por enquanto seria utilizada principalmente para eliminar chumbo, cádmio e estrôncio de suplementos dietéticos com cálcio.
Fonte: EFE

AMERICANO GANHA VIDA NOVA APÓS TRANSPLANTE DE FACE


Médicos dos Estados Unidos realizaram o mais extenso transplante facial de que se tem notícia, dando ao paciente uma nova face com mandíbula, dentes e língua novos.
Os detalhes foram divulgados na última terça-feira pela Universidade de Maryland, onde a operação foi realizada. Richard Lee Norris, o paciente de 37 anos, vivia em reclusão após ter sido severamente ferido por um acidente com uma arma de fogo em 1997, segundo a universidade.
Até o transplante, ele só saía à rua usando máscara. Ele havia perdido seus lábios e seu nariz no acidente e tinha movimentos limitados na boca.
A cirurgia durou 36 horas, entre 19 e 20 de março, mas é parte de uma série de transplantes que, em 72 horas, usaram órgãos de um doador em cinco pacientes, incluindo Norris.
O procedimento foi financiado pela Marinha americana, que tem a expectativa de que as técnicas possam ser usadas para tratar soldados feridos no Iraque e no Afeganistão. O governo dos EUA estima que mais de 200 militares feridos em guerra possam necessitar de transplantes faciais.
Volta à vida
Eduardo Rodríguez, chefe de cirurgia plástica reconstrutiva do centro de traumas do hospital da Universidade de Maryland, disse esperar que seu paciente possa agora voltar a viver normalmente.

"Nosso objetivo é restaurar as funções (motoras) e ter resultados estéticos satisfatórios", declarou. A equipe de Rodríguez relata que agora Richard Lee Norris é capaz de escovar seus dentes e se barbear. Também recuperou sua habilidade de identificar cheiros.
Segundo a universidade, a cirurgia de Norris era discutida desde 2005, quando a França realizou o primeiro transplante facial da história, em uma mulher que havia sido atacada por um cachorro. Em 2010, cirurgiões espanhóis realizaram o primeiro transplante facial completo.
Fonte: BBC Brasil

ALINHAMENTO ENTRE LUA E VÊNUS


Um fenômeno foi observado no céu de algumas cidades do Brasil nos últimos dias e ainda poderá ser visto até esta quarta-feira. Olhando da terra é possível observar, com um céu limpo e sem nuvens, o alinhamento entre Vênus e a Lua, mostrando dois pontos extremamente brilhantes e evidentes.
Segundo o professor Roberto Costa, do departamento de astronomia da Universidade de São Paulo (USP), esse brilho é forte porque a Terra está muito perto de Vênus. Além de ser tão grande quanto nosso planeta, o astro vizinho tem uma camada muito espessa e reflete a luz do sol com facilidade.
"O que se viu ontem e antes de ontem, e poderá ser visto hoje e com sorte amanhã, é que Lua e Vênus estão na mesma direção olhados daqui da Terra. Isso não quer dizer que estão próximos. É um distância bem grande, mas é um fenômeno interessante", afirmou Roberto Costa.
De acordo com o profissional, esse fato não é considerado raro pelos astrônomos e pode ser observado de poucos em poucos meses. Porém, o fenômeno dura pouco tempo, já que a Lua se movimenta rápido demais em relação aos planetas.
Fonte: Terra

PROFESSORES CADA VEZ MAIS USAM REDES SOCIAIS EM SALA DE AULA


Mais de 80% dos professores estão nas mídias sociais e metade deles usa esses recursos em sala da aula. A constatação está em um levantamento realizado pelo Grupo de Pesquisa Babson em colaboração com o New Marketing Labs, que ouviu mil professores dos Estados Unidos. A pesquisa, publicada pelo grupo Pearson, está sendo divulgada pela Universia Brasil, rede ibero-americana de educação.
Mesmo com o aumento considerável no uso desses meios, o levantamento mostra que a atividade mais comum entre os professores, tanto para uso pessoal (72%) quanto para atividades em sala de aula (46%), é assistir a vídeos e ouvir podcasts. Apenas 12% dos entrevistados reportaram empregar essas ferramentas ativamente, ou seja, com comentários e postagens.
A pesquisa mostra ainda que 59% dos docentes possuem mais de uma conta nas redes sociais e quase um quarto destes apresentam quatro perfis ou mais.
Fonte: Terra

PROFESSORES DO DF DECIDEM CONTINUAR EM GREVE


Reunidos em assembleia nesta terça-feira na Praça do Buriti, em Brasília, os professores da rede pública do Distrito Federal decidiram, por ampla maioria, manter a greve iniciada há 16 dias. O sindicato da categoria (Sinpro-DF) está organizando reuniões nas escolas para esclarecer pais e alunos sobre os motivos da greve.
Segundo a diretora da Comissão de Negociação dos Professores, Rosilene Corrêa, o governo ainda não apresentou uma proposta para as reivindicações pela categoria.
A Secretaria de Administração Pública do governo do Distrito Federal (GDF) reafirmou que não há previsão de aumento salarial para os professores. Com dificuldades de caixa, o GDF adotou medidas para reduzir despesas com pessoal e, assim, cumprir os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Fonte: Agência Brasil

sexta-feira, 23 de março de 2012

YOUTUBE VAI REALIZAR EXPERIMENTOS NO ESPAÇO


Recentemente o Googlelançou um desafio, em parceria com a Lenovo, aos estudantes de todo mundo: elaborar ideias para experiências científicas no espaço. O concurso, chamado de "YouTube SpaceLab", escolheu seus vencedores e, agora, os experimentos sugeridos serão realizados e transmitidos ao vivo pelo canal de vídeos.

As duas equipes vencedoras desenvolveram experiências bastante ousadas. Dorothy e Sara, duas garotas americanas, se inspiraram em estudos que mostraram como bactérias criadas no espaço se tornaram mais contagiosas do que as bactérias na Terra. Portanto, a ideia é enviar bactérias à estação espacial para ver se a introdução de nutrientes e compostos diferentes pode impedir o crescimento delas. Se a hipótese delas estiver correta, elas sugerem que estudos mais aprofundados poderiam fornecer novas ferramentas para lutar contra germes na Terra.

Já o outro ganhador, um egípcio chamado Amir, sugere fazer experimentos com aranhas-zebras. Segundo o site do projeto, este aracnídeo pula sobre suas presas ao invés de prendê-las, por isso, a ideia é ver como este bote aconteceria na microgravidade. Como o estudante acredita que a aranha não vai conseguir capturar a presa, ele quer descobrir se ela vai conseguir adaptar seu comportamento e irá aprender a caçar de outra maneira.

Ambas as equipes receberam treinamento de como se comportar em um ambiente de gravidade zero e puderam visitar o Air Udvar-Hazy & Space Museum. Os experimentos serão enviados à Estação Espacial Internacional no segundo semestre e deverão ser realizados até o final do ano. Até lá, os vencedores poderão escolher entre dois prêmios: uma viagem para o Japão para acompanhar o lançamento de um foguete ou um curso de uma semana com astronautas russos.

Para quem quiser conferir, as aventuras no espaço serão transmitidas ao vivo pelo YouTube.

Fonte: Olhar Digital

CNPq E EUA PESQUISA SOBRE CÉLULAS-TRONCO


O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Instituto de Medicina Regenerativa da Califórnia (Cirm, na sigla em inglês) assinarão na próxima segunda-feira, 26 de março, acordo de intercâmbio para fortalecer as pesquisas científicas e tecnológicas relacionadas às células-tronco.
O acordo entre as duas instituições tem o objetivo de facilitar o financiamento de projetos de especialistas da Califórnia e do Brasil e viabilizar programas de intercâmbio entre pesquisadores dos dois países, além de incentivar projetos conjuntos de pesquisa. Ainda estão previstas ações de cooperação entre os dois países, como organização de seminários científicos e tecnológicos, workshops, seminários e simpósios.
Segundo o presidente da Cirm, Alan Trouson, o Brasil tem um corpo de cientistas forte e respeitado, envolvido em pesquisas nas áreas de células-tronco e ciência básica. Para Trouson, os cientistas e pesquisadores brasileiros podem contribuir com projetos desenvolvidos na Califórnia e ajudar os norte-americanos a trazer investimentos para a área.
Atualmente, o Brasil tem 52 grupos de estudos que desenvolvem pesquisas sobre células-tronco. Os grupos atuam em várias regiões do país e em oito centros de tecnologia financiados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pelo Ministério da Saúde. Pesquisas sobre células-tronco no Brasil são feitas desde 2002.
Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 22 de março de 2012

NASA PUBLICA INFORMAÇÕES SOBRE MERCÚRIO


Mercúrio parece ser menos montanhoso que Marte e a Lua, e suas entranhas são muito diferentes das de outros planetas do Sistema Solar, segundo um artigo publicado nesta quarta-feira pela revista "Science".
A publicação inclui dois estudos realizados a partir das informações enviadas pela sonda espacial Messenger, que há um ano se tornou o primeiro satélite artificial de Mercúrio e vem fazendo observações da topografia e do campo gravitacional no hemisfério norte do planeta, que possui reservas profundas de sulfureto de ferro.
A sonda, de quase meia tonelada, foi lançada ao espaço por um foguete Delta II em agosto de 2004 e, após três passagens pelas proximidades do planeta, em março de 2011 se posicionou em uma órbita altamente elíptica, entre 200 e 15 mil quilômetros da superfície de Mercúrio.
Os técnicos da Nasa - agência espacial americana - indicam que essa órbita busca proteger o aparelho do calor propagado pelas áreas mais quentes da superfície de Mercúrio.
Um dos instrumentos na cápsula robótica é um altímetro de laser que estudou a superfície no hemisfério norte de Mercúrio, onde se verificou que a variedade de elevações é consideravelmente menor que as da Lua e de Marte.
A equipe liderada por Maria T. Zuber, do Departamento de Ciências da Terra, Atmosfera e Planetas do Instituto Tecnológico de Massachusetts, usou o altímetro que cobre áreas de 15 a 100 metros de diâmetro, a 400 metros de distância uma da outra, ao longo das regiões sob a órbita.
"A precisão radial das medições individuais é de mais de um metro e a precisão em relação ao centro de massa de Mercúrio é de menos de 20 metros", destaca o artigo, que teve a colaboração de cientistas dos Estados Unidos, Canadá e Alemanha.
Segundo os pesquisadores, a característica mais proeminente na metade norte de Mercúrio é uma extensa região de terras baixas que inclui uma planície vulcânica.
Maria e seus colegas também puderam examinar a cratera Caloris, de 1,5 mil quilômetros de diâmetro. Eles determinaram que uma parte do fundo da cratera tem uma elevação maior que sua circunferência.
Já uma equipe liderada por David Smith, da qual Maria também faz parte, usou o rastreamento por rádio da cápsula Messenger para determinar o campo de gravidade do planeta. Com os dados obtidos, observou-se que a crosta de Mercúrio é mais grossa em latitudes baixas e mais espessa em direção à região polar norte.
Essas conclusões descrevem o interior do planeta e indicam que a camada externa de Mercúrio é mais densa do que os cientistas acreditavam até agora.
"A estrutura interna de um planeta preserva informações substanciais dos processos que influíram na evolução térmica e tectônica", ressalta o artigo. "A medição do campo de gravidade de um planeta proporciona informações fundamentais para compreender a distribuição da massa interna desse corpo".
Durante as primeiras semanas em órbita, a sonda foi rastreada constantemente pelas estações de banda X (8 gigahertz) da Rede de Espaço Profundo da Nasa. Após esse período, a cobertura foi menos frequente.
Os pesquisadores explicam que processaram os dados coletados entre 18 de março e 23 de agosto de 2011 e mediram as anomalias causadas pela gravidade no hemisfério norte do planeta.
Para surpresa dos cientistas, os dados apontam uma grande densidade de massa nas mantas superiores de Mercúrio, embora seja baixa a presença de ferro nas rochas da superfície.
"Portanto, deve existir uma reserva profunda de material altamente denso que explique a grande densidade do manto sólido e o momento de inércia", acrescenta o artigo, concluindo que a composição mais provável dessa reserva seja de sulfureto de ferro.
Fonte: EFE

SENADO APROVA 460 MI PARA O PRONATEC


O Senado aprovou nesta quarta-feira a Medida Provisória (MP) 548 que libera créditos extraordinários para o Ministério da Educação (MEC) no valor de R$ 460 milhões. A verba será destinada ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), especificamente para a concessão de bolsas a estudantes e trabalhadores.

Os senadores de oposição anunciaram que entrarão com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a MP. Apesar de concordarem com o mérito da medida e considerarem as bolsas importantes, os oposicionistas reclamam que a matéria tenha chegado ao Congresso por meio de MP.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) alegou que a liberação de créditos extraordinários só poderiam ser solicitada pelo Executivo se esses recursos não pudessem ser previstos anteriormente. Na opinião do líder do DEM, quando o Pronatec foi criado, o governo poderia ter previsto o gasto e se preparado sem precisar utilizar um instrumento de urgência como a MP para conseguir o dinheiro.
"Nós já questionamos, judicialmente, várias medidas provisórias que abrem crédito extraordinário. Nós tememos que aconteça o mesmo que ocorreu com o Instituto Chico Mendes", disse Torres ao destacar a decisão do STF que considerou inconstitucional a MP que criou o instituto porque ela não teve os critérios avaliados por comissão especial.

Apesar das reclamações dos oposicionistas, a base aliada colaborou com o governo e votou favorável à MP, garantindo a aprovação da matéria. Como não foi alterada, a MP seguirá para sanção presidencial.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 21 de março de 2012

MELHORIA DO ENSINO E PRODUTIVIDADE NO CAMPO, É O NOVO PROGRAMA LANÇADO PELO GOVERNO


Formar agricultores em universidades e em cursos técnicos para que apliquem os conhecimentos adquiridos em ações para aumentar a produtividade nas pequenas propriedades e garantir a distribuição de renda é o objetivo do Programa Nacional de Educação no Campo (Pronacampo). O programa foi lançado hoje (20) pela presidenta Dilma Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto.
“Estamos apostado que esta geração e, sobretudo, que uma outra geração vai se beneficiar com tudo isto, mudando a feição do campo brasileiro, garantindo que ele será um local digno de se morar”, disse a presidenta.
Dilma destacou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo os quais uma parte significativa das pessoas extremamente pobres que vivem no país estão em áreas quilombolas e assentamentos de reforma agrária, e disse que é preciso usar a educação para mudar essa realidade.
“Dentro da nossa estratégia de combate à miséria no país, este programa é um dos eixos estratégicos, porque aposta não só em retirar as pessoas da condição de miséria, mas em garantir que as gerações futuras tenham um outro tipo de horizonte, de oportunidades pela frente.”
Uma das ações do Pronacampo é a adoção de disciplinas e material escolar específicos para as escolas das zonas rurais. Segundo a presidenta, ao articular uma formação diferenciada, o país reconhece sua realidade, que é rica e multidiversa e precisa ser incentivada. “E isso não se faz sozinho, mas em parceria com governadores, com entidades representativas do campo”, disse Dilma, enfatizando a importância dessa adaptação e da qualificação dos professores que ensinam no meio rural.
O Pronacampo vai oferecer apoio técnico e financeiro aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para implementação de políticas de ensino voltadas para escolas rurais e de áreas onde vivem quilombolas. O programa está dividido em quatro eixos: gestão e práticas pedagógicas; formação de professores; educação de jovens e adultos e educação profissional e tecnológica; e infraestrutura física e tecnológica. As metas estão previstas para o período 2012-2014.
Segundo dados do Ministério da Educação, 23,18% dos que vivem no campo e têm mais de 15 anos são analfabetos e 50,95% não concluiram o ensino fundamental.
Fonte: Agência Brasil

BRASIL, PRIORIDADE É A IMPLANTAÇÃO DO 4G


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou na terça-feira, em uma audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, que a implantação do 4G no Brasil será prioridade. Para isso, também se torna assunto prioritário a licitação das faixas de 2.5 e 3.5 Ghz, cujo edital deverá ser publicado no dia 20 de abril.
Além disso, o ministro declarou o plano de enviar neste ano ao Congresso Nacional proposta para incluir os smartphones na Lei do Bem (11.196/05). A ideia é dar aos celulares os mesmos incentivos já recebidos por PCs e tablets e baixar o preço dos aparelhos.
Bernardo também explicitou a necessidade da retomada da discussão para o envio do projeto de lei ao Congresso Nacional para permitir pagamentos via celular no Brasil
Fonte: Agência Câmara 

CIENTISTAS RECONSTRÓI ESTRUTURA LIGADA A DEPENDÊNCIA DO ÓPIO


Cientistas americanos reconstruíram a estrutura de duas proteínas nas quais atuam substâncias como a morfina, e que são responsáveis pelo alto grau de dependência desta substância.
O sistema nervoso, principalmente o encéfalo e a medula espinhal, abriga quatro tipos de proteínas, denominadas receptores opióides, que são o alvo das drogas terapêuticas, que reagem com eles para produzir efeitos analgésicos, euforia e sedação.
Duas delas foram objeto de duas pesquisas realizadas por cientistas americanos, que tiveram seus resultados publicados nesta quarta-feira na revista "Nature".
Raymond Stevens, químico e biólogo do Instituto de Pesquisa The Scripps focou suas investigações na proteína Kappa, que interage com um tipo de alucinógeno de origem natural, enquanto Brian Kobilka, professor da Universidade de Stanford, estudou a proteína Mu, que se relaciona com substâncias como a morfina e a heroína.
Kobilka conseguiu reconstruir a estrutura da proteína Mu quando ela está inativa e observou que seu centro ativo é maior do que em outros receptores.
O estudo sobre o centro ativo é importante pois é nesse local que a proteína se une às moléculas que compõem as drogas derivadas do ópio, e entre elas se forma uma ligação que vai determinar em parte a potência da substância.
"O receptor opióide Mu é responsável pela da maioria dos efeitos, tanto benéficos como prejudiciais, das substâncias derivadas do ópio, como a morfina, a heroína ou a codeína, assim como de seus derivados químicos", explicou Kobilka à Agência Efe.
Embora esta proteína seja um antigo interesse do setor farmacêutico, os cientistas não têm ainda muita informação sobre ela.
"Ainda temos muito o que aprender sobre o funcionamento destes receptores do ponto de vista de sua estrutura. Nós reconstruímos os receptores quando a proteína está inativa, mas gostaríamos de investigá-las quando elas se ativam e se unem com as moléculas", explicou o cientista.
Os remédios derivados do ópio são os analgésicos mais eficazes para tratar a dor aguda e crônica, mas também causam um risco muito alto de dependência.
As pesquisas de Kobilka e Stevens são uma perspectiva única para que os laboratórios farmacêuticos elaborem remédios com melhores propriedades farmacológicas e que gerem uma menor dependência.
"Estas estruturas são um importante ponto de partida, mas ainda não entendemos as bases da dependência ao ópio. A questão agora é compreender como o enlace entre as proteínas e as moléculas dessas drogas influi nos processos de comunicação celular, que por sua vez atuam nos efeitos analgésicos e na dependência", finalizou Kobilka.
Fonte: EFE

TELESCÓPIO VISTA OBTÉM IMAGEM PROFUNDA DO CÉU


O Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou nesta quarta-feira, 21 de março, a maior imagem de campo profundo do céu obtida com o telescópio VISTA, que revela mais de 200 mil galáxias. Esta é apenas parte de uma enorme coleção de imagens completamente processadas de todos os rastreios do telescópio, que foram colocadas à disposição de todos os astrônomos do mundo pelo ESO. O UltraVISTA é um baú do tesouro que está sendo utilizado no âmbito do estudo de galáxias distantes no Universo primordial, assim como em muitos outros projetos científicos.
O telescópio foi apontado repetidamente à mesma região do céu para que acumulasse lentamente a radiação muito fraca emitida pelas galáxias mais distantes. Para criar esta imagem foram combinadas um total de mais de seis mil exposições separadas, correspondentes a um tempo de exposição efetivo total de 55 horas, obtidas através de cinco filtros de cores diferentes. Esta imagem do rastreio UltraVISTA é a mais profunda já obtida no infravermelho para uma região do céu deste tamanho.
O telescópio está instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, é o maior e mais poderoso telescópio infravermelho de rastreio que existe atualmente. Desde que começou as operações em 2009 a maior parte do seu tempo de observação tem sido dedicado a rastreio públicos, alguns cobrindo grandes zonas do céu austral e outros focando-se em áreas menores.
O rastreio tem-se dedicado ao campo COSMOS, uma região do céu aparentemente quase vazia, que já foi extensamente estudada com o auxílio de outros telescópios, incluindo o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA. O UltraVISTA é o mais profundo dos seis rastreios VISTA, revelando por isso os objetos mais tênues.
Os dados - num total de mais de 6 terabytes de imagens - estão sendo processados em centros de dados no Reino Unido, e no caso particular do UltraVISTA na França, e começam agora a regressar ao arquivo científico do ESO, onde são colocados à disposição dos astrônomos do mundo inteiro.
À primeira vista, a imagem parece banal, apresentando algumas estrelas brilhantes e um salpicado de outras mais tênues. No entanto, quase todos os objetos mais tênues não são estrelas da Via Láctea, mas sim galáxias muito remotas, cada uma contendo bilhões de estrelas.
Aumentando a imagem para o modo tela cheia e fazendo um zoom, podemos observar cada vez mais objetos, sendo que a imagem apresenta mais de 200 mil galáxias no total. A expansão do Universo desloca a radiação emitida por objetos distantes na direção dos grandes comprimentos de onda, o que significa que para a radiação estelar emitida pelas galáxias mais distantes que conseguimos observar, uma grande parte desta radiação, quando chega à Terra, se encontra na região infravermelha do espectro.
Como telescópio infravermelho altamente sensível que é e possuindo um campo de visão muito grande, o VISTA está particularmente bem equipado para descobrir estas galáxias distantes do Universo primordial. Ao estudar galáxias com a radiação deslocada para o vermelho, a distâncias sucessivamente maiores, os astrônomos podem igualmente estudar como é que as galáxias se formam e evoluem ao longo da história do cosmos.
Uma inspeção detalhada da imagem revela dezenas de milhares de objetos avermelhados anteriormente desconhecidos espalhados no meio das mais numerosas galáxias de cor creme. São essencialmente galáxias muito remotas que estamos a observar quando o Universo tinha apenas uma pequena fração da sua idade atual.
Estudos anteriores das imagens do UltraVISTA, combinadas com imagens de outros telescópios, revelaram a presença de muitas galáxias que são observadas quando o Universo tinha menos de um bilhão de anos e algumas são observadas em épocas ainda mais remotas.
Embora esta imagem já seja a imagem infravermelha deste tamanho mais profunda que existe, as observações continuam. O resultado final, daqui a alguns anos, será uma imagem significativamente mais profunda.
Os rastreios são indispensáveis aos astrônomos e por isso o ESO organizou um programa 4 que permitirá que a vasta herança de dados, tanto do VISTA como do seu companheiro na radiação visível, o VLT Survey Telescope (VST, eso1119), esteja à disposição dos astrônomos durante as próximas décadas.
Fonte: Terra