quinta-feira, 15 de março de 2012

CIENTISTAS CRIAM LESMA CAPAZ DE GERAR ELETRICIDADE



Pesquisadores da Universidade Clarkson, no estado de Nova Iorque, EUA, conseguiram transformar lesmas vivas em "baterias" utilizando apenas o açúcar do sangue do animal. Resumindo: as lesmas foram transformadas em pequenos ciborgues. As informações são do LiveScience.
 
O método para realizar esse processo é relativamente simples. Os químicos desenvolveram pequenos eletrodos de carbono, dotados de nanotubos, que têm a função de conduzir eletricidade. Para gerá-la, os eletrodos são combinados com determinadas enzimas que compõem células de bioenergia. Essas células se apropriam da glicose e do oxigênio do sangue dos animais para então produzirem a eletricidade na transferência para o eletrodo.
 
Apesar de parecer agressivo, os cientistas garantem que esse sistema não causa danos aos bichinhos. Depois que a "bateria" funciona perfeitamente por algumas horas, basta que as lesmas se alimentem normalmente e descansem para que o sangue retorne a níveis saudáveis, com todos os seus componentes. Mesmo com os eletrodos acoplados ao corpo, os moluscos podem comer, beber e se movimentar sem problemas.
 
Vale lembrar que uma lesma nessas condições ainda produz muito menos energia do que uma pilha palito. Os pesquisadores afirmam que já desenvolvem estratégias para aumentar o "aproveitamento energético" dos animais, e que o mesmo procedimento também pode ser utilizado em outros seres vivos, como minhocas e alguns insetos. Além disso, é possível que haja outras substâncias nesses organismos que também possam alimentar os eletrodos e gerar eletricidade.
 
A ideia de que essas "lesmas energéticas" podem ser transformadas em pontos eletrônicos, no entanto, não é nova, e já havia sido apresentada pelo exército dos Estados Unidos.

Evgeny Katz, professor de química da Universidade Clarkson e líder dos testes com os moluscos, acredita que esse tipo de energia sustentável será muito útil para carregar vários sensores e dispositivos sem fio. Caso isso aconteça, seria o primeiro exemplo de "sensor vivo" da história, integrado ao meio natural como nenhum outro aparelho eletrônico já conseguiu.


Fonte: Olhar Digital

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