Quatro adolescentes nigerianas, entre 14 e 15 anos,
desenvolveram um sistema alternativo de geração de energia: um gerador que
funciona durante seis horas com um litro de urina. O invento, desenvolvido em
um trabalho escolar por Duro-Aina Adebola, Akindele Abiola, Faleke Oluwatoyin e
Bello Eniola, foi destaque da Maker Faire Africa 2012, realizado em novembro.
Um botijão de gás, um
filtro de água e o dispositivo gerador, produzido a partir de células
eletrolíticas, são a receita básica para a confecção do aparelho, que possui um
baixo custo de operação.
Um botijão de gás, um
filtro de água e o dispositivo gerador, produzido a partir de células
eletrolíticas, são a receita básica para a confecção do aparelho.
O dispositivo produz
energia ao filtrar a urina, realizando a eletrólise da ureia. O processo
funciona da seguinte forma: a urina passa por uma célula eletrolítica, que a
divide em moléculas de nitrogênio, hidrogênio e água. Logo depois, os elementos
são filtrados novamente e absorvidos por um cilindro, que empurra o hidrogênio
para o interior de outro cilindro com líquido. Deste modo, a umidade é retirada
e o composto gera eletricidade.
Aplicabilidade
A viabilidade e eficiência do sistema, por se tratar de um trabalho escolar,
foram questionadas por alguns especialistas, que viram no alto potencial
explosivo do hidrogênio uma séria dificuldade de implantação (uma bomba feita a
partir do hidrogênio pode superar 50 vezes a força de uma bomba atômica, como
as utilizadas em Hiroshima e Nagasaki).
Apesar disso, o feito das
garotas é admirável. Gerardine Botte, a engenheira química que desenvolveu a
eletrólise de urina, destacou que o gerador das jovens é "uma maneira
única e elegante de tratar restos de urina" com o benefício de "gerar
eletricidade".
Fonte: Ecod
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