O Ministério da Educação (MEC) vai fazer um estudo para tentar
reduzir o número de candidatos que se inscrevem e faltam ao Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem). A taxa de abstenção neste ano foi de 27,9%, índice similar
ao das duas últimas edições. Em um vestibular, essa taxa não costuma passar de
9%. O custo com os faltosos neste exame foi de R$ 90,4 milhões.
O estudo foi um pedido
pessoal do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ao professor Luiz Cláudio
Costa, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
(Inep), órgão que organiza o Enem. A análise deve ficar pronta em 20 dias.
"O ministro atentou para esse problema e já estamos produzindo o estudo.
Tenho convicção de que é possível construir uma política para reduzir esses
índices", disse Costa.
O órgão quer entender
exatamente o perfil dos faltosos, cujo número chegou a 1,6 milhão no exame do
fim de semana passado. O Inep quer identificar se existe variação da abstenção
por região e idade e também se há predominância dos candidatos isentos ou
treineiros. Neste ano, 70% dos 5,7 milhões de inscritos não pagaram a taxa de
inscrição. São alunos de escola pública ou que pediram isenção por carência.
O custo por aluno neste
Enem foi de R$ 55,98, um aumento de R$ 8 em relação ao ano passado. Esse gasto
tem sido crescente a cada ano e a taxa de abstenção se mantém estável. Em 2011,
a média de faltas foi de 26,4% e, em 2010, de 28%.
Apesar dos altos índices
registrados nos anos anteriores, o Inep nunca fez um estudo para entender os
motivos da abstenção. "Vamos fazer agora o recorte, levando em conta os
dados deste ano e dos anteriores, para mostrar ao ministro o que aconteceu em
cada edição", disse o presidente do Inep.
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