terça-feira, 24 de janeiro de 2012

MEC DISCUTE NOVO CURRÍCULO NACIONAL ÚNICO


Em dezembro de 2011, o Ministério da Educação – MEC propôs a criação de um currículo nacional único para a educação básica. A ideia era formalizar um documento que funcionasse de modo complementar às novas diretrizes curriculares, propostas em 2010 pelo Conselho Nacional de Educação –CNE.
Se aprovado, o documento deve alinhar os conteúdos e materiais pedagógicos trabalhados pelas escolas, em todo o território nacional; definir os objetivos a serem alcançados pelas crianças ao final de cada ciclo; além de nortear as experiências a serem vivenciadas pelos alunos.
Segundo Paulla Helena de Carvalho, coordenadora do curso de Pedagogia da UniBrasil – Faculdades Integradas do Brasil, a unificação curricular é importante, principalmente, para os estudantes que participam do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM e da Prova Brasil. “Se os conteúdos forem obrigatórios para todos, as escolas não serão pegas de surpresa e os alunos não serão prejudicados”, afirma.
Atualmente, já existe a previsão de uma integração dos currículos das escolas dentro da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, criados em 1996, obrigatórios para a rede pública e opcionais para a rede privada, também refletem um esforço neste sentido.
Entretanto, a maior crítica dos especialistas é a de que as diretrizes e orientações ainda são muito abrangentes. Por esta razão, o governo vê a necessidade de aprofundar estes princípios norteadores, no sentido de criar uma base curricular comum a todo o País.
Cesar Callegari, do Conselho Nacional de Educação – CNE, fala sobre a importância de estabelecer melhor as expectativas de aprendizado. “As diretrizes apresentam conceitos muito genéricos, insuficientes para definir currículos”, explica. Para ele, os PCNs estão obsoletos. “Precisam ser atualizados”, diz. Com o que concorda Paulla Hellena de Carvalho. “Os PCNs falam de princípios, de áreas, mas são realmente muito gerais e não delimitam um mínimo a ser trabalhado”, conclui a coordenadora do curso de Pedagogia da UniBrasil.
A secretária de Educação Básicado MEC, Maria do Pilar Lacerda, explica como se dará a elaboração deste currículo nacional único. “Não vamos colocar o currículo numa forma. Vamos discutir as bases”, diz, acrescentando que a nova diretriz também não será uma simples listagem de conteúdos. “É um instrumento de organização da vida do professor e do aluno”, pondera.
A adoção desta base curricular única no país não afetará somente a vida dos estudantes brasileiros. Os professores também serão impactados, ainda durante a formação acadêmica. “O preparo dos nossos professores é bastante diferente de um Estado para o outro. No entanto, eles precisam ser formados com foco na aprendizagem dos alunos”, considera Evelise Portilho, professora do curso de Pedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná –PUCPR.
Fonte: Blog Educação 

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