sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ESPECIALISTA DIZ QUE ESCOLA DEVE PREPARA ALUNO PARA O ERRO



Ao se jogar a palavra empreendedorismo no Google, em um quinto de segundo são levantadas mais de 10 milhões de páginas relacionadas ao tema. O termo e outros correlatos, como criação, inovação e ousadia estão entre as chamadas “habilidades do século 21”. Nesse contexto de crescente importância, será que os sistemas de ensino estão preparando seus alunos para serem empreendedores?  A resposta dada a essa questão por Michell Zappa, futurologista da área de tecnologia e que, mais recentemente, tem se dedicado a análises educacionais, é que não. E isso pelo simples fato de ainda sermos muito resistentes a uma coisinha fundamental no ato de empreender: o erro.
A aceitação do erro, acredita Zappa, virá quando uma nova concepção de educação for aceita. Ao traçar uma trajetória de como a educação evoluiu na história, o especialista ressalta que o primeiro paradigma que se teve notícia, ainda herança dos gregos, era de uma educação feita de um (tutor) para um (pupilo), ou um tutor e um pupilo. Esse arranjo, com a Revolução Industrial, não podia ser tão individualizado, precisava atender às massas e, por isso, passou ao segundo paradigma: de um (professor) para muitos (alunos). Agora, o mundo vive um momento de transição em que o processo de aprendizado passa a ser de muitos para muitos, uma vez que a informação não tem mais propriedade. “As escolas e os professores não são mais o repositório do conhecimento”, afirma Zappa.
Para o especialista, esse novo paradigma traz novos desafios para os professores. Talvez o principal, diz Zappa, é que eles precisarão ter em seu cotidiano o trabalho da screen literacy. Em português ainda não há expressão que traduza fielmente seu significado, mas seria algo como “alfabetização para o uso de telas”. Com a popularização da internet e de equipamentos sensíveis ao toque, como celulares e tablets – pesquisa divulgada na semana passada aposta que esses dois aparelhos estarão massivamente presentes em um ano nas escolas brasileiras –, os alunos precisarão ter aulas de privacidade e segurança na web. “A habilidade em lidar com as telas será uma habilidade útil para a vida. E programar também.”

Fonte: Portal Aprendiz



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