A Polícia Federal investiga indícios de fraude em contratos de
informática para a segurança do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) firmados pela gestão do ex-ministro da Educação e candidato à
Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (PT). O inquérito, em andamento na
Superintendência da PF em Brasília, apura suspeitas em licitação no Instituto
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo
teste.
Aberta em novembro de 2011 a pedido do Ministério Público Federal,
a investigação mira contratos assinados naquele ano pela gestão de Haddad. Os
dois órgãos atuam em parceria com o núcleo de inteligência da
Controladoria-Geral da União, que pedirá a quebra de sigilos de alguns dos
envolvidos e o cruzamento de dados fiscais das empresas. Membros do Inep e do
Ministério da Educação (MEC) que ocupavam postos-chave na gestão Haddad estão
sendo convocados para prestar depoimento.
Em nota, o ex-ministro Fernando Haddad afirmou que, ao tomar
conhecimento das suspeitas sobre os contratos, por meio de reportagens,
determinou, em novembro de 2011, a suspensão de pagamentos às empresas e a
análise do caso pela equipe de auditoria do Inep. Segundo o candidato a investigação
em andamento no Tribunal de Contas da União é a continuidade de apuração dada
início por ele.
Na sexta-feira,
o jornal Folha de S. Paulo já
havia noticiado que uma auditoria do Tribunal de Contas da União também
encontrou irregularidades nessa mesma concorrência, que soma 42,6 milhões de
reais. A contratação foi ordenada em maio do ano passado, após problemas na
realização de edições do Enem. As vencedoras foram Ata Comércio e Serviços, DNA
Soluções Inteligentes, Jeta Soluções e Serviços e Monal Informática. Segundo
evidências, um mesmo grupo criou, em nome de laranjas, três das quatro empresas
que venceram lotes da licitação.
Fonte:
Agência Estado
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