Cientistas do Japão afirmam ter conseguido criar em
laboratório o elemento químico de número atômico 113 (ou seja, que tem
113 prótons no seu núcleo) - que "faltava" na tabela periódica. Segundo o
artigo divulgado no Journal of Physical Society of Japan, os
pesquisadores do Centro Riken Nishina identificaram o 113 indiretamente,
através de seis decaimentos alfa (ou seja, emitiu cinco partículas
alfa, equivalentes ao núcleo do átomo de Hélio).
O novo elemento é considerado superpesado, ou seja, não é encontrado
naturalmente na natureza e só pode ser feito em laboratório através de
reatores nucleares ou aceleradores de partículas. Até agora, somente os
Estados Unidos, Rússia e Alemanha haviam descoberto elementos
superpesados.
Em 12 de agosto, os pesquisadores japoneses colocaram íons de zinco para
viajar a 10% da velocidade da luz. Estes colidiram com uma fina camada
de bismuto e o resultado foram íons muito pesados que foram seguidos por
uma cadeia de diversos decaimentos alfa consecutivos. Foram estes que
foram identificados como produto do 113° elemento.
Foram seis decaimentos colocam os pesquisadores do Japão no páreo pela
paternidade do elemento 113, já que em 2004 e 2005 pesquisadores dos
Estados Unidos e Rússia já tinham afirmado ter feito a descoberta -
contudo estes observaram apenas quatro vezes a emissão de partículas
alfa. Acontece que o 113 ao decair duas vezes vira dúbnio e o decaimento
deste em laurêncio é bem conhecido pelos cientistas - e serve para
provar a existência do novo elemento.
Curiosamente, é muito fácil achar tabelas periódicas com o elemento 113
"descoberto" em 2004. Contudo, a União Internacional de Química e Pura e
Aplicada (Iupac, na sigla em inglês) não reconheceu o feito e manteve o
buraco na tabela.
Os cientistas japoneses afirmam que foram nove anos de procura por dados
para provar a descoberta do 113. A próxima meta deles é encontrar um
elemento ainda mais pesado - de número atômico 119.
Fonte: Terra
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