terça-feira, 13 de março de 2012

PROFESSORES DO DF SÃO OS MAIS BEM PAGOS DO PAÍS


Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) nesta segunda-feira (12) mostra que os professores da rede pública de ensino do Distrito Federal, que estão em greve, são os mais bem pagos entre 14 unidades da federação avaliadas.
De acordo com o levantamento, a remuneração média no DF – salário mais benefícios – de profissionais com nível médio é de R$ 3.121,95. Esse valor é 52% maior do que o segundo colocado na lista, Amapá, onde o profissional com a mesma formação recebe em média R$ 2.046,36.
Na comparação com o estado com a remuneração mais baixa, Espírito Santo, onde um professor com ensino médio recebe em média R$ 963,13, os docentes da rede pública do DF recebem 224% a mais.
A diretora do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Roselene Correa, afirma que o alto custo de vida no DF explica as reivindicações da categoria. Além disso, ela diz que os professores querem equiparação não com os profissionais de outros estados, mas com outras áreas do GDF.
“Pergunta para o governador se o salário dos deputados distritais é o mesmo de um vereador do interior de Goiás ou do Piauí? Se você pegar a tabela de salários de nível do GDF, os professores estão lá embaixo. Para o último concurso do Detran, por exemplo, o salário inicial era praticamente igual ao meu, que tenho 30 anos de magistério. Nós queremos equiparação com outras carreiras do GDF”, afirmou.
Sobre o anúncio do governo de que vai cortar o ponto dos professores grevistas, Roselene afirmou que isso é uma tentativa de “intimidação”. “ O governo está tentando intimidar a categoria. Nós temos o compromisso com os alunos de repor os dias perdidos. Isso [o corte de ponto] já ocorreu em outros governos, a história se repete. Só que não é o corte de ponto que vai nos fazer mudar de ideia”, disse a presidente do Sinpro-DF.
O levantamento do CNTE foi feito com base em informações repassadas pelos sindicatos estaduais. A lista traz os valores pagos a professores de Acre, Amapá, Bahia, Ceará, DF, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Piauí, Roraima, Rondônia, Santa Catarina e Sergipe. Os dados dos outros estados não foram repassados, informou o CNTE. 
Fonte: G1

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